Ele foi adotado pela empresa. O cachorro tem a função de espalhar alegria no canteiro de obras.
Guindaste é a mascote oficial de uma empresa de construção civil. Mas engana-se quem tenta descobrir as características deste cachorro apenas pelo nome: ele é um pequeno filhote e não dá mostras de que irá crescer muito. Mesmo assim, ele foi adotado pela empresa e tem a função de espalhar alegria no canteiro de obras.
Certo dia, um minúsculo cachorro apareceu perdido no meio da obra. Ele foi levado por um dos trabalhadores ao veterinário; os exames confirmaram que estava tudo bem com a saúde do filhote, que foi adotado pelo novo amigo.
O cãozinho recebeu o nome de Tower Crane (guindaste, em português).
Ele foi levado para a casa do trabalhador, mas, para não ficar o dia inteiro sozinho, recebeu permissão para acompanhar o tutor todos os dias, no canteiro de obras.
A ideia original era que o cãozinho permanecesse com o tutor apenas enquanto era ainda filhote, mas o Guindaste revelou-se portador de dotes especiais no dia a dia das construções.
Os responsáveis perceberam rapidamente que o animal melhorava o humor – e o rendimento – dos operários.
Comparecendo diariamente ao trabalho, Guindaste foi se aproximando de todos os "colegas". O cãozinho parece ter o dom de estabelecer relacionamentos diferenciados e todos querem dar bom dia para ele.
Guindaste foi oficialmente alçado à condição de mascote da empresa. O cãozinho atua como um motivador, aliviando as tensões do dia a dia. Em pouco tempo, Guindaste já comia, bebia, brincava e dormia na obra.
O filhote é o único funcionário da empresa que tem permissão para dormir no trabalho. Em meio às inspeções das diversas atividades, ele tira muitas sonecas durante o dia – quem já viu um cachorrinho dormindo sabe como eles podem despertar bons sentimentos.
Apesar de passar boa parte do tempo, no entanto, o Guindaste sabe ser um bom supervisor. Quando ele está desperto, é descrito por muitos trabalhadores como exigente e arrogante – há quem compare o cãozinho a um leão-marinho – ele realmente se parece com uma foca.
Quando está atento, Guindaste explora cautelosamente todos os cantos do canteiro de obras.
O cãozinho realmente parece realizar uma ronda. Apesar de ser um "chefe exigente", o filhote consegue reservar um tempinho para brincar e, com isso, ele ganhou a confiança de todos.
A função do Guindaste é motivar o pessoal: todos ficam alegres quando observam o cachorro perambulando pela construção.
Os cães conseguem despertar o que há de melhor em nós e muitas empresas já perceberam que "lugar de cachorro também é no trabalho".
Não é só o Guindaste que faz sucesso nos ambientes de trabalho: diversas empresas incentivam os funcionários a levar os seus pets para escritórios e lojas. Eles divertem, descontraem e modificam a rotina, aumentando a sensação de satisfação pessoal e o nível de produtividade.
Um estudo realizado em 2019, por pesquisadores da Virginia Commonwealth University (Richmond, Virginia), comprovou que a presença de cães e gatos no trabalho promove o bem-estar emocional, por reduzir o estresse e motivar a todos.
A presença de pets já eram comum em espaços de coworking, mas o número de empresas que decidiu se tornar pet friendly tem aumentado ano a ano.
A tendência surgiu nos EUA e está se disseminando por todo o mundo.
Naturalmente, os cães profissionais têm as suas necessidades: é preciso haver comida e água e disposição, além de locais para descanso. O ambiente de trabalho precisa ser seguro contra fugas, em casos de os animais ficarem assustados.
Com relação aos cães e gatos, eles devem ser mansos e sociáveis. Além disso, é preciso que estejam com as vacinas e vermífugos em dia.
Uma avaliação veterinária antes de levar o animal para o trabalho também deve ser considerada.
Mas não é preciso que o local seja isolado, com pouco fluxo de pessoas. Especialmente com relação aos cães, eles conseguem se adaptar em escritórios movimentados e até mesmo em alguns trabalhos nas ruas, sem nenhuma indicação de prejuízo à saúde dos peludos.
Ao contrário, os cães gostam muito de conhecer pessoas e ambientes.
Evidentemente, é preciso considerar a personalidade de cada pet, mas, como regra geral, os peludos se interessam em interagir com estranhos, quando se sentem seguros.