Idosa chora de emoção ao rever o cachorro depois de ser separada pela guerra

Matérias Oficiais(+10% Clicks) Yasmim 05/05/2022 Relatar Quero comentar

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Separados pela guerra, a idosa e o cachorro se reviram a três mil quilômetros de distância.

Uma mulher idosa chorou de emoção quando finalmente pôde rever o cachorro, deixado para trás durante a fuga da Ucrânia. A tutora e o pet haviam se separado seis semanas antes, quando a região em que a mulher morava foi evacuada.

A mulher, identificada apenas como Violetta, é uma senhora frágil de 86 anos. Ela morava com o cachorro em Odessa, cidade às margens do mar Negro – um porto estratégico para o país.

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Nos primeiros dias de março de 2022, algumas instalações industriais foram atacadas por bombardeiros russos.

Apesar dos grandes prejuízos materiais causados, a zona urbana de Odessa não chegou a ser bombardeada. Mesmo assim, parte da população foi retirada, para garantir a segurança. Foi nessas condições que Violetta se separou do cachorro, com quem vivia há 12 anos.

Separação e desencontro

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Violetta e parte da população de Odessa foram retirados e levados para a Romênia – a cidade fica próxima à fronteira entre os dois países. A idosa ficou com o coração partido, porque não teve autorização para levar Tasha, o grande companheiro.

O cachorro, um retriever do Labrador preto, foi deixado em um abrigo na fronteira, em um posto de identificação de refugiados. A idosa, pouco depois, seguiu viagem para o Condado de Clare, na República da Irlanda.

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A mulher ficou arrasada por não conseguir levar Tasha na fuga da guerra – afinal, aos 86 anos,  Violetta tem poucos relacionamentos e o cachorro preenche grandes lacunas sentimentais e até mesmo sociais.

O cachorro foi acolhido por uma família romena, que tentou manter contato com os refugiados deslocados para outros países da Europa. A história chamou a atenção de Debbie Deegan, uma escritora irlandesa que dedica boa parte do seu tempo a ações de caridade.

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A escritora foi uma das responsáveis pela acolhida dos refugiados de Odessa em Dublin. Ao tomar conhecimento de que Tasha, o cachorro de Violetta, não tinha podido acompanhá-la. Debbie resolveu empenhar-se para proporcionar o reencontro.

A escritora e ativista irlandesa recebeu Violetta, a filha e o genro no Aeroporto de Dublin: depois de uma longa viagem pela Ucrânia, Romênia e Áustria, eles finalmente tinham conseguido embarcar em um voo, praticamente apenas com a roupa do corpo.

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Na verdade, Debbie Deegan ficou impressionada porque a idosa, apesar dos muitos problemas que tinha para solucionar, mostrava-se apática e centralizava as preocupações no cachorro abandonado involuntariamente. A escritora percebeu que Violetta nunca se recuperaria se não tivesse Tasha de volta.

A neta de Violetta, que vive nos EUA, também viajou para a Irlanda quando soube do deslocamento da família. A jovem também ficou preocupada com a avó, que parecia ter focado na perda do cachorro todos os problemas por que estava passando.

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Durante seis semanas, Debbie e a neta de Violetta dedicaram-se a encontrar Tasha. Elas conseguiram localizar a família romena que havia se responsabilizado pelo cachorro, entraram em contato e, depois de muitos entraves burocráticos, finalmente tiveram êxito em embarcar o peludo para a Irlanda.

O reencontro envolveu uma série de contatos. Debbie Deegan é fundadora da instituição To Children with Love, que atua em diversos países, promovendo saúde e bem-estar para crianças.

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Para lidar com o desencontro entre Tasha e Violetta, ela mobilizou diversos amigos na Irlanda, Romênia, Áustria e EUA.

O reencontro ainda teve atrasos. Debbie Deegan contratou uma empresa especializada em transporte de animais, mas eles tiveram de atravessar quatro fronteiras, até o embarque para a Inglaterra.

Mais um problema: o cachorro ficou preso na alfândega. Debbie recorreu mais uma vez aos seus contatos e encontrou um amigo, residente em Birmingham, para retirar o cachorro mediante termo de responsabilidade e ficar com ele até o voo seguinte.

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Faltava pouco. De Londres a Dublin, a viagem aérea dura menos de 90 minutos. A empresa contratada na Irlanda tinha providenciado toda a documentação necessária para Tasha: atestado de saúde, caderneta de vacinação, passaporte, etc. O cachorro era oficialmente um refugiado de guerra e poderia ser admitido na Irlanda.

Foi uma surpresa para a tutora. Com tantos impedimentos para trazer Tasha, a família considerou melhor não contar nada para Violetta, que estava se recuperando em um hospital de Dublin.

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Ela só foi informada quando o voo estava prestes a aterrissar.

Então, finalmente, Tasha se reuniu com a tutora. Depois de atravessar muitas barreiras e fronteiras, o cachorro, que também é idoso, pôde rever a amiga, de quem tinha se separado sem saber o motivo. O reencontro foi emocionante.

Violetta não conteve as lágrimas de alegria e emoção. O cachorro, por sua vez, apesar de cansado e desorientado, não cabia em si de felicidade. Ele não sabia o que fazer para agradar a tutora e melhor amiga.

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